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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Peixe 'Pirarucu gigante' é capturado numa lagoa de Imperatriz

Um dos pescadores, o projetista Diogo Tayllor, relata como foi a captura do pirarucu gigante.

Ele relembra que levaram materiais necessários para passar o tempo que fosse preciso para a capturar a espécie. (Foto: Arquivo pessoal do Diogo Tayllor)
Pode parecer história de pescador, mas há mais ou menos 15 dias um grupo de quatro homens pescaram o peixe de espécie pirarucu gigante, numa lagoa de Imperatriz. Um dos homens, havia visto o peixe em 2015, mas somente este ano é que capturaram. A espécie é facilmente encontrada em lagos e nos rios nos estados do Amazonas e Pará.  
Um dos pescadores, o projetista Diogo Tayllor, relata como foi a captura do pirarucu gigante. "Foi difícil acha o local exato, porque o Rio Tocantins está secando e os lagos, em que costumam se reproduzir, diminuiu bastante. Por duas vezes fomos ao local em que o meu colega tinha visto, mas não encontramos. Então resolvemos acampar e usar uma rede de Palestina do Pará.  Voltamos para casa só quando conseguimos pegar o peixe".  
Ele relembra que levaram materiais necessários para passar o tempo que fosse preciso para a capturar a espécie. "Passamos a primeira noite tentando pega-lo. Mas não deu certo. O peixe é forte. Umas 18h ele boiou na parte mais rasa do lago, meus dois colegas estavam dentro do barco colocando redes menores para encurrala-lo. Colocamos rapidamente as redes e cercamos ele. Às 6h da manhã do terceiro dia de acampamento, decidimos bater na água para que, com o barulho, o peixe se mexesse e sentisse as redes. O pirarucu se mexeu rapidamente e se emaranhou nas redes".  
O peixe apanhado por Tayllor e seus colegas se reproduz em lagos (portanto em águas doces) e se alimenta de larvas e outros bichos aquáticos, é conhecido como o gigante da Amazônia.  Seu nome científico é Arapaima gigas, e não é ameaçado de extinção. Arapaima gigas é um peixe que tem a pesca controlada no país, sendo permitido em alguns meses do ano sua captura.  
De acordo com apoiador de gabinete do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) de Imperatriz, Eduardo Moreno Dutra, as fiscalizações para a pesca em geral são somente de outubro a início de março, pois é o período da piracema. "O tempo em que os peixes não podem ser pescados são no período de desova (tempo de reprodução dos peixes), também conhecido como período de defesa".  
Explica ainda, que no caso do pirarucu gigante, não há uma legislação específica por ser uma espécie dificilmente encontrada em Imperatriz. "Há uma pesca controlada para este tipo de peixe. Eles se reproduzem em cativeiro (pequenos lagos escondidos). No Pará e Amazonas as proibições desses tipos de capturas são mais frequentes, pois são facilmente encontrados nesses estados".  
O pirarucu gigante encontrado em Imperatriz, foi capturado na via que dá acesso a ponte na beira da pista em um lago onde as caçambas tiram argila para fazer tijolos, porém próximo ao perímetro urbano da cidade, a beira do riacho cacau, pesando mais de 170 quilos.  



(Correio Popular)

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